Segundo os oftalmologistas ouvidos pela reportagem, a quantidade de pessoas afetadas deve ser ainda maior levando-se em conta as duas últimas semanas, que não entraram nos números da Secretaria. 'Estamos atendendo, em média, 400, 500 casos de conjuntivite por dia. Normalmente são menos de cem', diz Denise de Freitas, chefe do Departamento de Oftalmologia do Hospital São Paulo.
No Hospital das Clínicas, da USP, a média de atendimentos também gira em torno de 500 pessoas por dia, um aumento expressivo. Em 18 de março, quando o JT noticiou a epidemia de conjuntivite na capital, a instituição já contabilizava 300 atendimentos por dia eram esperados 100 para o período.
Apesar de ser predominante no surto atual, o Coxsackie A24 não é o vetor mais comum da doença. 'O tradicional é a conjuntivite viral por adenovírus, também altamente contagioso', explica Denise. Por serem mais comuns, os adenovírus têm efeito menor que o Coxsackie A24. Para os especialistas, o contato mais frequente com o adenovírus ao longo dos anos contribuiu para a maior resistência da população contra esse tipo viral.
O Coxsackie A24 costuma provocar hemorragias na conjuntiva membrana que forra a parte branca dos olhos e a face interna das pálpebras. 'A duração da doença é de sete a dez dias', afirma Aderbal de Albuquerque Alves Júnior, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Os demais sintomas são comuns a todas as conjuntivites.
Conjutivite/Coxsackie A24
Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras.
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